O Coordenador geral do Sindticcc, Antônio Ubirajara demonstrou, em entrevista ao Jornal do Povo, certa preocupação com a iminente greve dos trabalhadores da Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial de Camaçari e Região. A categoria aprovou na manhã de hoje, dia 19 de maio, no PV 10 do Polo Petroquímico, um estado de greve e pode “cruzar os braços” a qualquer momento. “Até agora não houve acordo entre a comissão de negociação que representa os trabalhadores e trabalhadoras, e os representantes das empresas. Mas, uma nova rodada de negociação foi agendada na tentativa de chegar a um consenso”, disse Bira, como é mais conhecido o líder sindical.
Uma possível paralisação por tempo indeterminado será definida na próxima assembleia, marcada para acontecer no próximo dia 26, no mesmo PV 10, local que se constituiu no centro de resistência da categoria. O Sindticcc, reivindica a equiparação salarial entre os trabalhadores do setor de montagem e manutenção industrial de Camaçari e Candeias, além de assegurar um reajuste salarial de 32%. “Seguiremos mobilizados, objetivando garantir que o patrão se comprometa com a correção das perdas salariais e não seja tão radical na mesa de negociação”, destacou.
Além da diretoria do Sindticcc, participaram da assembleia o diretor do Siticcan, Loteba, do Sindquimica, Luiz Taveres, do Sindmetropolitano, Menezes e o vereador pelo PT de Camaçari, Tagner. Em seu discurso, Bira ressaltou que o sindicato vai exaurir todas as possibilidades de chegar a um acordo, mas ressalta que a categoria está preparada para “qualquer que seja o desfecho”. O clima criado pelos patrões, segundo Bira, está mais para que haja a greve do que um acordo. “A gente tem que pensar sempre de forma positiva. Entretanto, volto a dizer que estamos preparados pra qualquer que seja o roteiro final dessa queda de braço”, finalizou.