Pelo menos 17 cidades baianas e diversos bairros de Salvador podem ser atingidos por uma greve de ônibus elétricos do Sistema Metropolitano. O anúncio da greve foi feito no último sábado (30) pelo Sindicato dos Rodoviários de ônibus Metropolitanos e está prevista para acontecer na próxima segunda-feira, dia 9 de outubro.
Se ocorrer, serão milhares de baianos que não terão no cotidiano os veículos, cujas passagens são gratuitas, e fazem dezenas de trajetos diferentes. De acordo com o presidente do Sindicato, Mário Kleber, são 20 ônibus elétricos, e cerca de 30 profissionais, que irão parar as atividades.
A categoria reivindica direitos trabalhistas como cumprimento da carga horária, pagamento de hora extra, tíquete alimentação, dentre outros. Segundo ele, a problemática gira em torno do fato de que cada ônibus, por serem elétricos, podem rodar até 250 quilômetros, antes de retornarem às garagens. “Essa quilometragem dá cerca de 11 horas, mas a carga horária de cada trabalhador é sete. Estamos há um ano nessa situação e precisamos ter nossos direitos”, declarou.
Sofrerão o impacto da greve os moradores dos seguintes municípios: Lauro de Freitas, Camaçari, Simões Filho, Candeias, Madre de Deus, São Francisco do Conde, Santo Amaro, São Sebastião do Passé, Dias D’Ávila, Mata de São João, Praia do Forte, Porto de Sauípe, Subaúma, Conde, Imbassaí, Rio Real e Arembepe, além de alguns bairros de Salvador. Kleber conta ainda que o patronato alega que o contrato com a empresa (Cidade Sol) e o Governo do Estado não é suficiente para pagar todas as reivindicações. “Eles falam que nenhuma empresa quis assumir, e eles foram obrigados a pegar. Enquanto isso quem sofre é o trabalhador”, destacou.
Ele explica que a frota precisa ser compatível com a carga horária. “A empresa regularizou plano de saúde, mas a frota ainda não. São trechos muito longos e é muito cansativo”. “Geralçmente fazem o trajeto Ilha de São João/Pituaçu/Lauro de Freitas”.|O serviço conta com integração nas estações Pirajá e Pituaçu