Enquanto o PP se muda de mala e cuia para a oposição, o PT faz de tudo para mitigar as perdas e manter parte dos 92 gestores municipais eleitos pelo ex-aliado. Nesta quinta-feira (17), o prefeito de Candeias, Dr. Pitágoras (PP), admitiu que foi procurado pelo governador da Bahia, Rui Costa (PT), para que ele se mantivesse na base governista, não acompanhando seu partido na ida para a oposição.
“É normal tentar juntar os cacos, trazer as pessoas [de volta] para dentro da base. O governador realmente manteve contato comigo”, revelou Pitágoras, em entrevista ao Bahia Notícias.
O prefeito de Candeias, entretanto, defendeu uma fidelidade ao presidente estadual do PP, o vice-governador João Leão, que anunciou nesta quinta uma aliança com o oposicionista ACM Neto (UB).
“Eu tenho um líder. Esse líder chama-se João Leão. Recebi a ligação do governador, mas a gente acompanha o nosso líder”, afirmou o gestor municipal.
Apesar de garantir que seguirá ao lado de Leão, Pitágoras hesitou ao falar do apoio a ACM Neto e contou que ainda não teve uma conversa com o pré-candidato do União Brasil, para ajustar os pontos da aliança.
“Eu preciso conversar com Neto também. Não sei como seria isso”, disse. “Da mesma forma que eu tive uma conversa com o governador Rui Costa, eu preciso ouvir o outro lado também”, finalizou o prefeito.
Com o movimento feito para “contragolpear” a saída do PP de sua base, o PT espera manter o apoio de 60 dos 92 prefeitos eleitos pelo ex-aliado, além de três dos oito deputados estaduais do Progressistas (saiba mais aqui). Por outro lado, lideranças do partido minimizaram, nesta quinta, a chance de um contragolpe e afirmaram que não haverá uma debandada (veja aqui).