Neste 15 de outubro, Dia do Professor, o vereador Soldado Nailson (Republicanos), por meio de uma moção de aplausos apresentada na Câmara Municipal de São Sebastião do Passé, prestou uma justa homenagem aos profissionais da educação, ao tempo em que reforça a importância de valorizá-los como pilares da construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Entretanto, para o próprio vereador, atualmente, no município, não há o que celebrar quando os professores, que deveriam ser o coração pulsante da sociedade, estão sendo silenciados pela desvalorização, pelo descaso e pela falta de reconhecimento.
“No fundo, muitos desses professores não precisam de aplausos. Eles precisam de respeito. Eles precisam de dignidade. Eles precisam de condições para exercer a vocação mais nobre de todas: educar”, afirma Nailson.
O edil destaca ainda que nos últimos anos, ‘assistimos a uma realidade alarmante’: o plano de cargos e salários dos professores foi rasgado no município. Uma conquista que deveria garantir direitos básicos e dignidade aos nossos educadores foi desmantelada, deixando-os expostos a um sistema que ignora suas necessidades e anseios. “Essa perda de direitos é um golpe não apenas nos professores, mas em toda a sociedade, que depende de uma educação de qualidade para o futuro”, protestou.
Para Nailson é fundamental reconhecer que essa desvalorização não é apenas uma questão de salários; trata-se de uma erosão dos direitos que nossos educadores conquistaram ao longo de anos de luta e dedicação. Com o desmantelamento do plano de cargos e salários, muitos professores se viram privados de garantias básicas, como progressões salariais justas, capacitação e benefícios que asseguravam um mínimo de dignidade em sua profissão. Veja abaixo a moção na íntegra.
MOÇÃO DE APLAUSOS AOS PROFESSORES: UM GESTO DE GRATIDÃO EM MEIO À DOR
Senhor presidente, nobres colegas vereadores, e todos os presentes,
Hoje, trago a esta Casa uma moção de aplausos aos professores de São Sebastião do Passé. Mas antes de qualquer aplauso, preciso expressar algo que, para mim, é mais importante que a própria homenagem: hoje não há o que se comemorar.
Não há o que celebrar quando nossos professores, que deveriam ser o coração pulsante da nossa sociedade, estão sendo silenciados pela desvalorização, pelo descaso e pela falta de reconhecimento. Não há como aplaudir enquanto aqueles que moldam o futuro de nossas crianças são obrigados a lutar, dia após dia, com condições indignas e salários que não refletem o que realmente merecem.
Dói-me profundamente estar aqui, oferecendo essa moção de aplausos, sabendo que, no fundo, muitos desses professores não precisam de aplausos. Eles precisam de respeito. Eles precisam de dignidade. Eles precisam de condições para exercer a vocação mais nobre de todas: educar.
Nos últimos anos, assistimos a uma realidade alarmante: o plano de cargos e salários dos professores foi rasgado em São Sebastião do Passé. Uma conquista que deveria garantir direitos básicos e dignidade aos nossos educadores foi desmantelada, deixando-os expostos a um sistema que ignora suas necessidades e anseios. Essa perda de direitos é um golpe não apenas nos professores, mas em toda a sociedade, que depende de uma educação de qualidade para o futuro.
É fundamental reconhecer que essa desvalorização não é apenas uma questão de salários; trata-se de uma erosão dos direitos que nossos educadores conquistaram ao longo de anos de luta e dedicação. Com o desmantelamento do plano de cargos e salários, muitos professores se viram privados de garantias básicas, como progressões salariais justas, capacitação e benefícios que asseguravam um mínimo de dignidade em sua profissão. Essa situação gera um sentimento de frustração e impotência, refletindo não apenas na moral dos educadores, mas também na qualidade do ensino que oferecem. Quando os professores são desconsiderados e seus direitos são ignorados, todos nós perdemos, pois uma educação de qualidade depende de profissionais valorizados e motivados. Portanto, é imperativo que nos unamos para reverter essa realidade, reivindicando não apenas aplausos, mas mudanças significativas que garantam o reconhecimento e a valorização dos nossos mestres.
Sei que cada professor carrega nos olhos o brilho de uma missão: transformar vidas. Eles não escolhem essa profissão pelo status ou pelo dinheiro — escolhem porque acreditam, no fundo de suas almas, que podem fazer a diferença. Mas como fazer a diferença quando faltam os recursos? Como manter o brilho no olhar quando o fardo é tão pesado?
A verdade, senhoras e senhores, é que nossos professores estão sofrendo. E essa dor não se reflete apenas neles; ela ecoa nas escolas, nas famílias, nas crianças que são privadas de uma educação de qualidade. É um ciclo cruel, que desvaloriza o ensino e desmotiva aqueles que se dedicam a ele.
Portanto, esta moção de aplausos é também um pedido de desculpas. Desculpas por tudo aquilo que ainda não fizemos por esses heróis silenciosos. Desculpas por cada dia em que fechamos os olhos para a realidade dura e implacável que eles enfrentam. Desculpas por não termos agido mais rápido, com mais coragem, para mudar essa situação.
Hoje, eu peço que cada um de vocês, presentes nesta sessão, não apenas aplauda. Mas que sinta, no fundo do coração, o peso da responsabilidade que temos com esses profissionais. Porque a educação é a base de tudo. E os professores são as colunas que sustentam essa base.
Que esta homenagem não seja apenas um gesto simbólico. Que seja um despertar para todos nós. Que possamos, a partir deste momento, lutar por uma cidade onde os professores sejam valorizados de verdade, onde o aplauso seja acompanhado de ações concretas, e onde, finalmente, possamos comemorar o que realmente importa: a dignidade dos nossos mestres.
Muito obrigado.
São Sebastião do Passé – BA, 15 de outubro de 2024.