O ex-prefeito de Camaçari, Luiz Caetano (PT), tem dado indícios de que deverá ter papel fundamental no futuro governo de Jerônimo Rodrigues (PT). Hoje, ele é um dos elos entre o próprio Jerônimo, o governador Rui Costa (PT) e o senador Jaques Wagner (PT). Isso é visto como algo inédito na política baiana.
Segundo apurou o Jornal Tribuna da Bahia, parceiro do Jornal do Povo, o petista tem se dividido para atender as agendas dos três políticos. Pouca gente se deu conta da força que Caetano terá na Bahia a partir do ano que vem. E não se deram conta muito porque não sabem dos bastidores, de como eles (Jerônimo, Rui e Caetano) são tão próximos no dia a dia.
Não tem um político que conseguiu ser tão próximo dos dois governadores. Uma proximidade, inclusive, que não tem com nenhum outro ator político envolvido nesse processo. Ninguém sabe qual será a secretaria que Caetano vai assumir no governo em 2023, mas com certeza pode ser uma das mais importantes e com sede no terceiro andar da governadoria, onde fica o gabinete do governador.
A reportagem apurou com fontes da Governadoria que Jerônimo quer Caetano por perto 24 horas por dia. A tendência é que ele seja uma espécie de “conselheiro” do governador, já que tem experiência e malícia política. Na semana passada, Caetano passou o dia todo com o governador eleito antes do jogo do Brasil. Segunda-feira passada, a mesma coisa – saiu do gabinete de transição quase 22h.
Ele também tem viajado a sós com os dois governadores. Caetano também tem adotado até aqui a estratégia de manter uma postura mais discreta, evitando sair nas fotos, fazer discursos ou aparecer na linha de frente. Vale lembrar que Caetano foi uma indicação de Wagner, então os dois também são muito próximo e tinham reuniões quase diárias durante a campanha. Com isso, o ex-prefeito de Camaçari acabou sendo o ponto em comum entre Wagner, Rui e Jerônimo na campanha. Isso serviu pra evitar crises e resolver problemas.