Funcionários de terceirizada da Coelba cobram pagamento de rescisão

Marcelo do Sintracap e Bira do Sindticcc encabeçaram a manifestação dos trabalhadores da Morel

Trabalhadores da indústria da construção realizaram uma passeata na manhã desta segunda-feira, 10, em protesto contra a falta de pagamento de rescisões contratuais de servidores da terceirizada Morel Montagens de Redes Elétricas Ltda, do grupo Neoenergia Coelba que declarou falência há dois anos.

A concentração para o protesto começou às 6h30, em frente à Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) e seguiu até a governadoria, no Centro Administrativo da Bahia (CAB). Os trabalhadores chegaram a ocupar uma das faixas da Avenida Paralela, que deixou o trânsito lento na região, sentido Aeroporto.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Condutores em Cargas Próprias (Sintracap-BA), Marcelo Carvalho, além de pagamento das rescisões, a manifestação pretende chamar atenção para os 450 trabalhadores que ficaram desempregados e, após a Neoenergia Coelba assumir esses pagamentos, que contratem esses servidores que estão desempregados atualmente. “Estamos aguardando a Coelba pagar.

A Morel decretou falência e agora a Coelba é a subsidiária do contrato. Os trabalhadores não sabem quando vão receber e já são quase R$15 milhões a serem pagos”, afirmou ao Portal A TARDE.

Ainda segundo o sindicalista, cerca de 300 servidores, entre motoristas, eletricistas e operadores de caminhão munck, participaram do ato nesta manhã. “É uma situação muito grave, porque tem trabalhadores que pagam pensão, tem trabalhadores que não estão conseguindo se alimentar”, revelou Marcelo Carvalho.

Acompanhado de sua diretoria, o Coordenador-geral do SINDTICCC, Antônio Ubirajara (Bira), apoiou a manifestação e lembrou que há um mês, outro ato já havia sido realizado para cobrar pagamentos por atraso em salários.

Na oportunidade, cerca de 50 funcionários terceirizados se reuniram em frente à sede da Neoenergia Coelba, em Narandiba, na capital baiana. O companheiro Marcelo Carvalho tentou negociar com a empresa, mas não obteve êxito.

Ao que parece, esse já é um impasse antigo, porque a empresa já passava por problemas econômicos graves e categoria cobra pagamentos por atraso de salário, ticket-refeição, cesta básica dos trabalhadores, entre outros benefícios e direitos trabalhistas.