Os trabalhadores da Refinaria Mataripe, antiga refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, paralisaram as atividades nesta quarta-feira, 6. A manifestação, organizada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-BA) e Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial (Siticcan), acontece em razão de demissões em massa de funcionários e terceirizados empregado pela atual gestão, privatizada em novembro de 2021.
O movimento, que começou às 6h, contou com mais de 1.200 participantes e durou 5 horas. De acordo com os sindicatos, cerca de 200 trabalhadores foram demitidos na Refinaria Mataripe, administrada pela Acelen, do grupo árabe Mubadala.
“Infelizmente, as demissões se intensificaram após o anúncio feito pelo presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, no mês passado, sobre a possível retomada da operação da refinaria pela estatal. Depois desse anúncio, a Acelen vem reduzindo o número de efetivo – próprio e terceirizado -, impactando na manutenção das unidades e na segurança das atividades”, destaca Bacelar.
E completou: “grande parte das pessoas demitidas foram qualificadas ao longo de 15, 20, 25 anos. Elas conhecem muito bem a refinaria; é uma irresponsabilidade perder trabalhadores com este nível de conhecimento”.
Ao final da manifestação, representantes da área de Recursos Humanos da Acelen reuniram-se com representantes das entidades sindicais para discutir as reivindicações dos trabalhadores. A Rlam foi a primeira refinaria instalada no país. Inaugurada em 1950, é a segunda maior do Brasil e corresponde a cerca de 14% de todo o refino