A Secretaria de Relações Institucionais do governo estadual, comandada por Luiz Caetano (PT), começou a encaminhar aos deputados da base aliada na Assembleia Legislativa solicitações para que os parlamentares façam indicações visando o preenchimento de vagas em empresas terceirizadas que prestam serviços ao Estado na capital e no interior.
A medida, que faz parte do jogo político e é corriqueira em qualquer governo, visa destravar demandas e aliviar as pressões da base de sustentação junto ao Executivo estadual, onde há insatisfações pontuais pela lentidão no preenchimento de espaços e atendimento a pedidos. Esses espaços, mesmo nas empresas, são importantes principalmente para que os parlamentares atendam os apoiadores nos redutos eleitorais.
O Política Livre, parceiro do Jornal do Povo, apurou junto a deputados aliados que o critério para a distribuição dos espaços nas terceirizadas é o resultado das eleições de 2022. A regra é semelhante a adotada na gestão do ex-governador Rui Costa (PT), atual ministro da Casa Civil, em relação também aos cargos comissionados no interior.
“Quem teve mais votos tem direito a indicar mais pessoas, o que é natural. Já os novos aliados, aqueles que não estiveram com o governador Jerônimo Rodrigues (PT) nas eleições, só terão direito a fazer indicações nas cidades em que possuem prefeitos aliados de primeira hora. Ao menos foi isso que eu soube”, revelou um parlamentar ao site.
Este Política Livre já revelou que os deputados estaduais aguardam a reunião do conselho político para o anúncio dos critérios para a ocupação de cargos de livre nomeação no interior, que são aqueles que integram a estrutura governamental.
Os parlamentares que aderiram à base depois das eleições estão preocupados em ficar sem espaços, mas Jerônimo Rodrigues já disse ao site que, embora a prioridade seja contemplar aqueles que estão com ele desde o primeiro turno das eleições, haverá uma cota pessoal para essas definições.
O governador deve reunir a bancada de deputados estaduais para um café na próxima semana visando tratar dessas questões e conter insatisfações pontuais entre os aliados, alguns dos quais signatários da CPI do MST na Assembleia, que não interessa ao Executivo estadual.