Com uma rejeição que colocaria em risco a reeleição de qualquer gestor público, assim como aconteceu com seus dois antecessores que, aconselhados em tempo hábil, anunciaram a desistência de tentarem um segundo mandato, os auxiliares da atual gestora, uma boa parte absorvida dos projetos anteriores, tentam manter viva a chama de mais quatro anos de mandato, mesmo que na tora, como o Clã da Mata sempre tratou a política de São Sebastião do Passé.
Na ideia de que máquina pública pode produzir a artificialidade de que o poder e o dinheiro vencem eleição, assim como a última presidencial quando Lula derrotou Bolsonaro, vale até o esforço de veicular a artificiliadade no intervalo do Fantástico, da Rede Globo, horário nobre e de alto valor comercial.
A antecipação da campanha, frente aos sérios problemas que a cidade tem enfrentado na infraestrutura urbana, na saúde, é mais uma das provas que a prefeita e seu grupo não estão em céu de brigadeiro. E é o mesmo desespero e repetição de velhas táticas já conhecidas, como a de colar no vácuo de adversários, com caravanas de carros com seus tanques abastecidos e com cerveja a rodo, além dos adesivos para quem, “espontaneamente”, queira enfeitar o vidro traseiro do veículo com material papagaiado, sem nenhum tipo de inspiração, motivação ou reflexão, assim como é a atual gestão desde o primeiro dia que assumiu a administração do município.
O mais intrigante é a ilusão do Clã da Mata, porque não será a primeira vez que vai saborear o gosto amargo da derrota.
David Mendes é jornalista sebastianense