Nas reuniões em que são discutidas a transição e a composição do governo de Jerônimo Rodrigues, parlamentares petistas e de outros partidos aliados têm celebrado a ausência no grupo de João Leão, vice-governador e deputado federal eleito, e, por consequência, do PP.
“Está todo mundo dando graças a Deus que Leão não faz mais parte da base, pois onde o PP assume nenhum outro tem vez”, celebrou um deputado petista, referindo-se, provavelmente, ao período em que a legenda fazia parte da base de apoio ao governo Rui Costa (PT).
Segundo o parlamentar, o PP não deu sequer “uma cisterna” a quem não fosse do partido quando comandou a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR) e a Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento (SIHS) durante a atual gestão.
O PP e Leão foram praticamente expulsos do governo por pressão do senador Jaques Wagner (PT), indignado com uma aliança que o vice teria feito com o governador pela qual Rui concorreria ao Senado deixando que ele tomasse posse em seu lugar.
O acordo naufragou quando Wagner, recuando da candidatura à sucessão estadual, quando ninguém acreditava na vitória petista para um mandato, forçou uma candidatura própria da legenda, obrigando o PP a deixar a base. Então, Leão e o partido decidiram apoiar a candidatura a governador de ACM Neto.