A Associação Baiana de Imprensa (ABI) e o Sindicato dos Jornalistas (Sinjorba) repudiaram os ataques sofridos pelas equipes das TVs Bahia e Aratu, durante a cobertura da visita do presidente Jair Bolsonaro a Itamaraju, no Extremo Sul baiano, no domingo (12).
Os profissionais de imprensa acusaram os seguranças de Bolsonaro e alguns de seus apoiadores de agressão. A repórter Camila Marinho, teria sido agarrada pelo pescoço por um dos seguranças presidenciais, sendo imobilizada com uma espécie de “mata-leão” (veja mais aqui).
Em seu comunicado, a ABI pede que medidas urgentes sejam tomadas para garantir a integridade física dos jornalistas. “A reiteração do discurso violento contra a imprensa e/ou qualquer tentativa de justificação desse discurso precisa ser contida enérgica e efetivamente desde já. Os números de estudos confiáveis já publicados sugerem uma crescente que, não sendo revertida, tem potencial para produzir tragédias. A inércia de hoje será a cumplicidade pelo que vier a ocorrer amanhã”.
Já o Sinjorba resgatou levantamento feito anualmente pela Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas), que aponta que desde 2019 vem crescendo o número de ocorrências de ataques contra a imprensa, sendo que mais de 40% destes casos estão diretamente ligados ao presidente e seus apoiadores.
“É evidente que o clima de violência contra jornalistas tem relação íntima com as falas de Bolsonaro e seus filhos, que fazem um discurso a seus seguidores mais radicais indicando parte da imprensa e do jornalismo como inimigos do governo”, diz um trecho da nota.