Após uma sequência de casos de violência e em meio a atuação de facções crimnosas no estado, o comandante-geral da Polícia Militar da Bahia, coronel Paulo Coutinho falou sobre o trabalho da instituição no combate aos grupos criminosos que têm atuado em Salvador e na Bahia. A entrevista exclusiva foi concedida ao Isso é Bahia, da rádio A TARDE FM, na manhã desta terça-feira, 5.
“A insurgência criminal é um fenômeno que está em todo Brasil e a Bahia não está fora desse processo. Os grupos são migratórios e tentam se estabelecer em determinados locais. Nós estamos atentos e a tropa está fazendo frente para mostrar que aqui não é local para estabelecimento, Claro que eles têm grande poderio bélico para fazer frente com outros grupos e nós ficamos, como força de segurança, em condição de defender a sociedade. Temos tidos alguns embates e temos mostrados que a Bahia não é um terreno fértil para o crime”, disse.
Coutinho também comentou sobre a chegada de armamento pesado em território baiano. De acordo com ele, a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) coordena operações para encontrar essas armas. Na última segunda, 4, a Polícia Militar apreendeu 6 fuzis, 8 pistolas e 3 granadas na operação realizada nos bairros do Calabar e Alto das Pombas.
“Nós trabalhamos harmonicamente no sistema de defesa social, coordenado pela Secretária de Segurança Pública, e todo esse resultado tem sido também do trabalho de inteligência. Eles sempre inventam maneiras de fazer chegar (o armamento), estamos com a Operação Divisa para gente estancar a sazonalidade desse armamento. Mas queria deixar bem claro que onde descobrimos que tem (fuzis), nós vamos pegar e foi esse o caso ontem no Alto das Pombas e no Calabar. Fizemos o monitoramento durante 48h e entramos. O estado está presente e sempre vai estar”, revelou.
Coutinho também reforçou que o governo do Estado tem desempenhado um papel social para diminuir a criminalidade na Bahia. “Nós não estamos operando só polícia. Existem políticas a médio e longo prazo que visa o redirecionamento desse jovens cooptados pelo tráfico. Na Bahia, a Polícia militar está preparada para esses desafios. Já tivemos o desafio de assalto a bancos, o desafio de assalto coletivos e tenho certeza que nós vamos vencer isso (a questão das facções).”