O governador diplomado da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT) enfrenta uma queda de braço com o setor cultural pela indicação de um nome para a Secretaria de Cultura da Bahia (Secult). Segundo o BNews apurou, há uma pressão para o petista escolher a vereadora de Salvador, Maria Marighella, para o posto.
Inicialmente, a pasta iria para o PCdoB. A deputada estadual Olívia Santana, inclusive, era cotada. O acordo, contudo, não avançou e a secretaria deve ficar mesmo com o PT. A reportagem apurou que várias associações e ONGs estão pressionando a cúpula da transição para que o nome de Maria seja avaliado por Jerônimo.
Ela tem entrada no setor cultural do Estado inteiro. E isso acabaria sendo uma recompensa pelo fato dela ter sido muito bem votada – apesar de não ter sido eleita em 2022. A Associação de Produtores e Cineastas da Bahia, por exemplo, chegou a fazer uma enquete e relatório para entregar a Jerônimo com o nome de Maria.
Um outro argumento em jogo é que a nomeação acabaria dando holofote nacional para gestão de Jerônimo, já que Maria tem apelo por causa do sobrenome (ela é neta de Carlos Marighella). A vereadora frequentemente aparece no noticiário nacional em pautas envolvendo o avô.
A Secult é atualmente comandada por Arany Santana, que teve uma gestão marcada por críticas e polêmicas. Se Jerônimo não tomar uma decisão até o fim do ano, é possível que Arany fique no cargo até o final dos eventos de verão, como o Carnaval.