Um levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) nesta quarta-feira (25) mostrou que Salvador é, junto com Fortaleza (CE), a capital com a menor proporção de pessoas com mais de 18 anos declaradamente homossexuais ou bissexuais.
De acordo com os indicadores, 1,5% dos habitantes das duas cidades afirmaram tais orientações sexuais. Em Salvador, a parcela representa cerca de 35 mil habitantes.
A proporção soteropolitana é menor do que a registrada na Bahia como um todo, que foi cerca de 1,8%. O Brasil também tem o mesmo patamar baiano. Aproximadamente 2,920 milhões de brasileiros informaram essas orientações sexuais, de um total de 159,171 milhões de adultos.
Porto Alegre (5,1%), Natal, (4,0%) e Macapá (3,9%) foram as capitais onde se verificou as maiores proporções de pessoas maiores de idade que se identificaram como homossexuais ou bissexuais.
Assim como ocorreu entre os estados, muitas capitais apresentaram as mesmas proporções, e praticamente não houve diferença estatisticamente significativa entre elas, exceto nos extremos.
Embora fosse a 4ª capital com maior número total de pessoas de 18 anos ou mais de idade (2,287 milhões), Salvador tinha apenas a 8ª maior população autoidentificada.
A capital baiana está abaixo de São Paulo (303 mil), Rio de Janeiro (158 mil) e Brasília (66 mil). Belo Horizonte tem cerca de 68 mil homossexuais e bissexuais, Porto Alegre 60 mil, Manaus 56 mil e Curitiba 26 mil.
Esta é a primeira vez que o IBGE divulga informações sobre orientação sexual. Elas integram os resultados do módulo sobre atividade sexual, da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, e são consideradas estatísticas experimentais.
Com relação aos estados, na Bahia, 1,8% da população de 18 anos ou mais de idade se autoidentificou como homossexual (lésbica ou gay) ou bissexual, o que representava 204 mil pessoas, de um total de 11,155 milhões nesse grupo etário.
Entre as unidades da Federação, a Bahia tinha, empatada com Alagoas e Rio Grande do Norte, a 6ª maior proporção de homossexuais ou bissexuais (1,8%). Distrito Federal (2,9%) e Amapá (2,8%) apresentavam os maiores percentuais, em seguida vinham Rio de Janeiro, São Paulo e Amazonas (cada um com 2,3%). Por outro lado, Tocantins (0,6%) e Pernambuco (1,0%) registraram os menores percentuais. Em seguida vinham Goiás e Ceará (com 1,2% cada um).