“Primeiro foram os delegados, agora os peritos criminais. Onde é que vai parar a segurança pública da Bahia?” O questionamento é do deputado estadual Sandro Régis (União Brasil), líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), ao tomar conhecimento do pedido coletivo de exoneração de peritos criminais da Bahia. O ato acontece há menos de uma semana da decisão de 400 delegados de deixarem os postos comissionados em protesto ao tratamento recebido pelo governador Rui Costa (PT).
Em ofício protocolado nesta segunda-feira (23), o sindicato que representa a categoria diz que a decisão foi tomada após diversas tentativas, sem sucesso, de abrir um canal de diálogo com o governo do Estado sobre os pleitos dos profissionais por melhores condições de trabalho, investimentos e recomposição das perdas inflacionárias acumuladas nos últimos sete anos.
“Os governos do PT negligenciaram os investimentos para proteção da sociedade baiana e ainda deixaram os trabalhadores da segurança pública à míngua. É um desmando completo que a Bahia não aguenta mais”, critica Sandro Régis.
A recusa coletiva dos peritos criminais teve 90% de adesão dos cargos comissionados e afeta 23 das 25 coordenadorias regionais que atendem todas as 417 cidades da Bahia, nas Coordenadoria Regionais de Polícia Técnica (CRPT), coordenações do Laboratório Central de Polícia Técnica (LCPT) e Instituto de Criminalística Afrânio Peixoto (ICAP).
Na última assembleia, os peritos decidiram por unanimidade que os cargos vagos não seriam preenchidos até que a situação seja resolvida.