Simulações de computador tocadas por cientistas que investigam se o sildenafil, princípio ativo do Viagra, identificaram que a substância tem uma chance razoável de ajudar a previnir o mal de Alzheimer.
Os pesquisadores tiveram acesso a dados de planos de saúde dos Estados Unidos e perceberam que a incidência da doença foi 69% dos pacientes que utilizam o medicamento como tratamento para a disfunção erétil ao longo de 6 anos.
O resultado foi publicado nesta segunda-feira (6) na revista Nature Ageing. O grupo responsável, porém, pede que a ideia seja levada adiante com cautela, porque a correlação vista no estudo ainda não é resultado de um teste clínico com aplicação direta do sildenafil em voluntários.
Mais de 1600 drogas disponíveis comercialmente para tratar outras doenças foram simuladas. “Baseados nessas análises farmacoepidemiológicas retrospectivas de caso-controle com pedidos de reembolso de seguros de saúde para 7,23 milhões de indivíduos, nós descobrimos que o uso deo sildenafil era signficativamente associado com uma redução de 69% na doença de Alzheimer”, escreveram os cientistas no artigo.
Conforme noticiou o jornal O Globo, os cientistas afirmam que testes planejados para isso podem confirmar se a descoberta pode mesmo representar um potencial tratamento.
“A associação entre o uso do sildenafil e a diminuição da incidência da doença de Alzheimer não estabelece uma causalidade, e isso vai requerer um teste clínico controlado”, diz o grupo liderado pelo bioestatístico Jiansong Fang.