5 motivos para continuar usando máscara contra a Covid-19

Foto: saude.abril.com.br

Os números mostram que a pandemia da Covid-19 tem arrefecido no Brasil. O número de mortes tem caído, a taxa de transmissão do coronavírus é a menor desde que começou a ser medida e a vacinação tem acelerado. Por que, então, ainda é necessário utilizar a máscara? O g1 lista, com base em especialistas, 5 motivos para continuar usando a proteção contra a Covid-19:

  1. A Covid é transmitida principalmente pelo ar
  2. Ambientes fechados e com aglomeração têm alto risco
  3. A vacina protege, 5 motivos para continuar usando máscara contra a Covid-19 mas não impede a transmissão
  4. A Covid pode deixar sequelas
  5. Novas variantes ainda podem surgir

 

  1. Transmissão pelo ar

Se no início da pandemia o foco era na limpeza das superfícies, uso de álcool gel e higienização de ambientes, hoje há um consenso entre os especialistas que o contato é responsável por uma parcela muito pequena das contaminações. Estudos mostram que a principal forma de transmissão do coronavírus ocorre pelo ar, por meio de aerossóis, partículas bem pequenas que permanecem flutuando e se acumulam quando estão em ambientes com pouca ventilação.

  1. Ambientes fechados e com aglomeração

Nos lugares abertos e sem aglomeração, onde há boa ventilação, por exemplo, o risco de transmissão é muito baixo e a máscara pode nem ser necessária. Mas em ambientes fechados, mal ventilados, como no transporte público, uma máscara de boa qualidade, tipo PFF2, e bem ajustada no rosto, é essencial. É a única forma de garantir que não há troca de aerossóis com outras pessoas contaminadas e também de não contaminar ninguém.

  1. Vacina não impede transmissão

As vacinas aplicadas no Brasil reduzem significativamente a possibilidade de a pessoa imunizada ter a forma grave ou morrer de Covid-19. A eficácia mínima é de 75%. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), elas funcionam inclusive contra a variante delta, mais transmissível. A imunização, no entanto, não é 100% eficaz. É necessário que uma parcela alta da população esteja vacinada para que a pandemia seja realmente controlada. Ainda não se sabe exatamente o percentual, mas tudo indica que seja um patamar acima de 70%. E, hoje, nem metade da população brasileira está totalmente imunizada.

  1. Sequelas da Covid-19

“Covid longa”, “Covid persistente”, “Covid-19 pós-aguda” ou a “síndrome pós-Covid” são alguns nomes que vêm batizando um conjunto de resquícios da doença causada pelo novo coronavírus ou novos problemas de saúde que uma pessoa pode ter semanas ou meses depois da fase aguda da Covid-19. Estudo da Universidade de São Paulo mostra que 60% dos pacientes que foram internados ainda têm algum tipo de sequela um ano depois da alta.

  1. Novas variantes

As aglomerações em ambientes fechados sem máscara também aumentam a circulação do vírus e favorecem o surgimento de novas variantes. Novas mutações do vírus SarsCoV-2 são esperadas. Isso é um comportamento comum – porque, à medida que o vírus se espalha, ele pode sofrer muitas modificações genéticas. A maioria tem pouco ou nenhum impacto nas características do vírus. Mas algumas mudanças podem influenciar, por exemplo, a capacidade do vírus de se propagar ou na eficácia das vacinas.

FELIPE GRANDIN, G1