
Além de apostar num quadro do MST, Tassio Brito, para presidente estadual do PT, o grupo ligado ao senador Jacques Wagner defende a reeleição de Cema Mosil, ligada à coordenação do Movimento Sem Teto, ao comando da sigla em Salvador.
Ela é apoiada diretamente pelo atual presidente estadual petista, Éden Valadares, que desistiu da reeleição, mas acumula um passivo de muitas queixas na gestão do partido na capital baiana, tanto na parte política quanto na administrativa.
A principal crítica a ela diz respeito à atuação que teve por ocasião da campanha à Prefeitura de Salvador, quando não opôs resistência ao lançamento da candidatura de Geraldo Jr. (MDB) pelo grupo, sacrificando quase inteiramente a reeleição da bancada municipal do partido.
Sob seu comando, o partido também teria se desorganizado integralmente na capital, onde conta com 20 zonais ou o equivalente a 20 diretórios municipais. Mas o maior temor que se espalha no PT envolve o impacto “de radicalismo” na imagem da sigla decorrente da aliança que Cema faz com Tassio.
“Wagner perdeu a noção: quer transformar o PT da Bahia numa trincheira de sem tetos e sem terras”, ironiza um candidato a um dos diretórios municipais, dizendo que o senador tem sido induzido a erro por uma equipe de figuras “inexperientes” e “egoistas”, que pode levá-lo e ao PT à ruína.