
O mercado municipal, situado no centro da cidade, foi batizado como Mercado Cultural de São Sebastião do Passe na gestão de Zezito Pena , responsável pela planta de restauração que envolvia no primeiro andar do prédio, boxes que seriam destinados a artes e ofícios, contemplando alfaiates , sapateiros, artesãos, costumizacão de roupas e fantasias, e artes em geral . Assim, pretendia a gestão da época, manter a tradição do espaço e, em memória, a personalidades que ali atuavam, a exemplo de Chico “Anã”e sêo Jorge Alfaiate.
No referido projeto, na parte térrea, havia espaço para uma cafeteria, um auditório e um palco com camarins, voltado para a área aberta, vislumbrando a realização de eventos musicais, recitais, espetáculos de dança, circense e teatro. Além disso, na parte que hoje funciona a Caixa Ecomomica Federal, estava projetada uma oficina de carpintaria, marcenaria e olaria para cursos de formação e capacitação de mão de obra .
Esse projeto foi modificado ao longo dos anos nas gestões que sucederam aos dois mandatos do ex-prefeito Zezito Pena e o pensamento capitalista dos últimos gestores, tentam até hoje suprimir a cultura deste espaço, tentando transformá-lo em espaço de serviços .
A questão aqui é: o que o povo sebastianense espera desse espaço?
Cabe aos vereadores fazerem indicações dando outras funções para um espaço genuinamente voltado para cultura, sem consultar a população? Qual o espaço que temos para cultura em São Sebastião do Passé, que o artista tenha de fato acesso pra mostrar sua produção cultural ?
Quanto de recurso já foi gasto com um subutilizado espaço como o mercado cultural que só serve aos apadrinhados da gestão?
Subjugam a inteligência do povo, pois já gastaram dinheiro suficiente para o pleno funcionamento do Mercado Cultural e que deveria ser entregue aos artistas desta terra.
São Sebastião do Passe tem nesse espaço a nutrição de sua identidade que se esvai com o descaso público . Que devolvam a arte e a cultura a quem e para que de direito . O mercado cultural deveria sim, passar por uma auditoria a fim de avaliar se as verbas recebidas de fato foram utilizadas para sua reforma e por que esssa obra é eterna.
Para entender a situação desse prédio basta se perguntar a quem interesssa uma obra que nunca acaba? A exploração de mão de obra barata para enriquecimento de empreiteiros oportunistas que fazem acordos ilícitos com gestores desonestos?
Vereador tem que parar de futilidades e superficialidades e, de fato, tomar conta da nossa terra, defendendo o povo e os direitos que nos assistem.
Chega dessa farsa!