Em sua passagem por Salvador nesta quinta-feira (17), onde anunciou a ampliação do Programa Pé-de-Meia e o investimento de R$1,2 bi para construção de creches, escolas e transporte de alunos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um forte discurso em defesa da educação, recheado de críticas aos seus adversários.
O ponto alto foi quando Lula citou que o programa Pé de Meia não se limita a um programa cujo objetivo é apenas dar dinheiro para os estudantes. Ele explicou que o Pé de Meia veio para assegurar que os estudantes da rede pública de ensino não desistam de estudar porque tem que trabalhar para sustentar suas famílias, como é a realidade de 480 mil jovens de todo o Brasil. “Tem gente que acha que estamos gastando muito dinheiro, eu não acho que é gasto, é investimento”, disse Lula, sendo ovacionado pela plateia.
Outro momento em que Lula alfinetou os adversários foi quando disse que “ficaria muito mais caro gastar fazendo cadeia do que investir na escola, por isso não importa quanto custa, o que importa é que estamos garantindo que os estudantes aprendam a profissão, tirem seu diploma universitário e virem doutores”, frisou. A Bahia tem 406 mil jovens beneficiados pelo Pé de Meia, que ao final do ano letivo receberão R$1 mil reais para sua poupança, desde que atendam aos critérios de frequência nas aulas.
Em seu discurso, o presidente Lula também lamentou não ter estudado em um Instituto Federal e contou que quando chegou à presidência da República havia apenas 140 institutos construídos em 100 anos. “Em 100 anos, a elite brasileira criou 100 institutos federais. Eu vou deixar a presidência com 782 institutos federais e aqui na Bahia tem mais oito institutos para a gente terminar até 2026”, projetou.
Antes da fala do presidente Lula, o ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou o investimento de R$471 milhões para ampliação da matrícula na escola básica na Bahia, assim como a entrega de 244 ônibus escolares para os municípios do interior, a construção de 94 creches, 62 novas escolas de tempo integral, sendo seis com administração a cargo do governo do Estado, entre outros investimentos.