O presidente nacional do Democratas, ACM Neto, afirmou na noite desta quinta-feira (27) que pretende, em quatro anos como governador, fazer mais do que os governos do PT fizeram em 16 anos pelo Extremo Sul do estado. A declaração foi dada durante encontro com lideranças em Itamaraju em mais uma edição do movimento Pela Bahia, que passa também pelas cidades de Caravelas, Alcobaça, Prado e Teixeira de Freitas.
Em seu discurso, Neto falou sobre desafios do estado nas áreas essenciais, como educação, saúde e segurança, e voltou a destacar a necessidade de investimento no desenvolvimento regional, aproveitando as potencialidades de cada região do estado. Participaram do encontro prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e deputados estaduais e federais, além de lideranças locais.
“Se Deus me permitir chegar ao governo da Bahia, o que não foi feito aqui em seis anos será feito em dois pela parceria e pelo trabalho que eu vou fazer com vocês. E vou dizer mais em um mandato como governador, eu pretendo fazer o que eles (os governos petistas) não fizeram em quatro mandatos em 16 anos pelo extremo sul da Bahia”, afirmou Neto.
Neto ressaltou que a educação da Bahia está nas últimas posições do país e comparou o estado a Ceará e Pernambuco, que têm realidades socioeconômicas parecidas. “No entanto, eles tão voando na educação. Por que o que vai acontecer no futuro com as crianças e jovens baianos que estão aí 16 anos com uma educação de baixa qualidade é que vão perder espaço na hora de disputar o mercado de trabalho com as mesmas crianças e jovens que serão os nossos futuros adultos lá do Ceará, de Pernambuco e de outros estados do Brasil”, disse.
Segundo ele, é preciso ter uma visão de aproveitar o máximo da vocação e do potencial de cada região. “A Bahia precisa ser um celeiro da atração de investimento”, pontuou, ao criticar também a ausência do governo do estado na região do Extremo Sul: “A distância territorial que separa Itamaraju de Salvador não pode ser justificativa para a ausência e o distanciamento do governo, e é isso o que a gente viu e é isso que o povo sente. Porque quando a gente conversa aqui no Extremo Sul as pessoas têm um ressentimento, com toda razão”.
Ao falar sua gestão em Salvador, Neto citou a criação das prefeituras-bairro. “Havia um sentimento da periferia, do subúrbio, de distanciamento em relação ao centro da cidade. Eu acabei com essa distância, levando a prefeitura para as áreas mais distantes. É isso o que o próximo governador da Bahia precisa fazer. Se tiver compromisso de verdade com o Extremo Sul, ele precisa trazer o governo aqui para dentro, e é o que eu sonho em fazer para ter presença, proximidade, parceria, trabalho e investimento do governo na região”, frisou.
Na saúde, ele citou a falta de leitos de UTI na região, o que leva muitas pessoas a serem transferidas para a capital ou até mesmo para outros estados. “Vocês sabem que muita gente (na pandemia) teve que ser transferida, gente teve que ir para Salvador para ter leito de UTI, para Vitória, para Belo Horizonte. A se Deus quiser (a pandemia) vai passar. Mas e aí? Vamos continuar sem leitos de UTI na região? Vamos continuar sem leitos hospitalares suficientes para atender as demandas que não passam, ao contrário, que podem ser ampliadas?”. O caminho, ele diz, é interiorizar os investimentos para qualificar os serviços públicos.
Já na segurança, Neto ressaltou que a Bahia segue na liderança do ranking de homicídios do país, sendo responsável por 14% das mortes violentas do país. “A gente enfrenta isso colocando no governo alguém que tem energia, coragem, que bata no peito, enfrente o problema e leve a solução. A Bahia precisa de um governador que se envolva pessoalmente no enfrentamento ao crime, que bote para fora os bandidos, que eles vão pra outro lugar, mas que na Bahia eles não possam se criar”, salientou.